Operação Macron: o plano do centro para tomar o poder em 2026

Elocubrações sobre o plano do reino das trevas.

Resumo: o presente artigo busca investigar uma possível movimentação política de bastidores, por parte do centrão, para tentar superar eleitoralmente a dicotomia esquerda/direita através da Operação Macron, que consiste na criação de um candidato robozinho que será empurrado para o segundo turno. Essa nossa investigação tem como plano de fundo e origem o recente escândalo do INSS que, na nossa análise, é algo feito para destruir o bolsonarismo apesar de parecer ser algo contra o PT.

Palavras-Chave: Centrão. Terceira Via. Vampirismo.

Contexto (para quem for ler o texto futuramente): recentemente foi desbaratado um esquema de corrupção no INSS que envolvia descontos irregulares da aposentadoria de velhos. Esse dinheiro era passado para sindicatos e a quantia desviada foi estimada em 6.3 bilhões de reais e 6 milhões de aposentados foram lesados. Os desvios irregulares não começaram no governo Lula mas se acentuaram em muito no governo dele. Para mais informações e contexto confira essa reportagem¹.

Preocupação humanitária em 2025?

Em primeiro lugar é preciso dizer que ninguém, das pessoas envolvidas com esse esquema de corrupção, se importa com o velho aposentado. Inclusive na visão dessas pessoas, se ele (o velho) morrer rápido é melhor, pois diminuí o rombo da previdência social. Na cabeça dessas pessoas o idoso é um problema e inclusive seria bom se não existisse. Não há qualquer preocupação humanitária real com as pessoas por parte dessa gente, só o que importa é o poder pelo poder. É precisamente por esse motivo que esse artigo não irá discutir o drama humanitário envolvendo você descontar irregularmente dinheiro de quem precisa dele para se alimentar e comprar remédios.

Quem controla a polícia federal?

A primeira coisa que nos veio a mente, depois do choque inicial de ver que velhos estavam sendo lesados pelo governo, foi a seguinte pergunta: quem controla a polícia federal?

Até essa operação acreditávamos que a polícia federal era controlada pelo PT mas, aparentemente, não é. Esse fato para nós é novo e notório, porém pouco comentado. Pouca gente se deu conta desse fato no Brasil e por isso estamos escrevendo ele aqui:

O fato dessa operação ter ocorrido deriva do fato de que o PT não possui controle sobre a polícia federal. Se ele tivesse controle da polícia federal nada disso teria vindo à tona. Cabe perguntar então: quem controla a polícia federal?

“Mas Homero a polícia federal é uma instituição independente.”

Você acredita nisso mesmo? 2025 e você acredita em instituições independentes?

Não existem instituições independentes no Brasil. No Brasil todas as instituições servem a blocos políticos, que usam as instituições para disputar e adquirir poder através de uma guerra assimétrica. A ideia de instituições neutras e independentes é a lore contada ao povo para que ele pense que, caso necessite das instituições, elas o tratarão de maneira justa pois são neutras e independentes. Desse modo o povo continua trabalhando, pagando impostos e não se revoltando com o sistema. Mas a verdade é que todas as instituições do Brasil servem à blocos de poder. A polícia federal não é uma exceção.

Quem controla a polícia federal?

Como fica o financiamento do PT agora?

Outro ponto notável e pouco comentado sobre esse imbróglio envolvendo o INSS é a questão do financiamento eleitoral do PT. Não seja tolo de acreditar que esse dinheiro ia todo para pessoas comprarem carrões, isso é falso.

A corrupção do governo do PT geralmente é usada para financiar a manutenção e a amplificação de poder político. Essa corrupção toda de bilhões provavelmente seria usada para financiamento de campanha em 2026 e agora esse dinheiro acabou.

No fim as contas, essa operação toda é um grande golpe direto ao sistema de financiamento eleitoral do PT. Esse golpe vai dificultar em muito a campanha de 2026. Eles contavam com esse dinheiro para adquirir vantagem assimétrica financeira contra o bolsonarismo, agora acabou.

Quem deu esse golpe contra o financiamento do PT e por que?

Interlúdio: o poder do reino das trevas

É noite.

Tudo está escuro.

Faz muito frio.

É possível ouvir uma forte chuva.

A escuridão é interrompida por raios, que iluminam a noite.

Longe, no alto, na beira de um precipício, de frente para um grande cânion, na boca de um desfiladeiro, está um castelo medieval.

Nesse castelo existe uma grande e alta torre.

Por essa torre, pelas escadas de pedra, sobe uma bela e pálida mulher loira, segurando um castiçal com três velas acesas.

A medida que ela vai subindo pela torre do castelo o barulho da forte tempestade começa a se misturar com o barulho de um velho órgão de tubos.

Ela vai subindo e subindo até que, ao abrir a porta do alto da torre ela está diante de um velho vampiro libanês, que está terminando de tocar uma peça de Johan Sebastian Bach.

“Bravo meu amor, bravo.” Diz a mulher pálida, também uma vampira.

Na sala encontra-se junto com o tocador de órgão, em um canto escuro, um vampiro careca nosferatu de capa preta. Ele olha desconfiado e meio assustado para a vampira que tinha arrecem chego.

O vampiro libanês, que estava tocando órgão, vira-se e diz para a vampira.

“Michelzinho já dormiu?”

“Sim meu amor, acabei de botá-lo para dormir.”

“Perfeito, sirva a nós uma bebida enquanto conversamos, temos assuntos a tratar.” Diz o vampiro libanês enquanto vai ao encontro do Nosferatu, que está nervoso no canto.

A vampira deixa o candelabro em cima de uma mesa. Ela pega uma garrafa com um líquido vermelho e começa a servir em taças para os três tomarem. Enquanto as bebidas são servidas, o vampiro libanês pergunta:

“Vejo que está assustado, meu amigo, posso saber o que lhe aflige?”

Olhando para os lados nervoso, meio curvado e com uma expressão de paranóia, o Nosferatu responde:

“Eu fiz tudo o que eu podia para destruir Bolsonaro desde que virei ministro, mas é impossível. A população continua gostando dele. Quanto mais eu persigo ele e seus aliados mais parece que tudo é uma perda de tempo. Ele voltará em 2026 e irá nos destruir. A única alternativa é usar a caixa mágica. Mas você não quer, meu mestre. Sejamos realistas, Bolsonaro voltará, é o nosso fim. Estamos com os dias contados!”

O velho vampiro libanês balança sua taça com líquido vermelho e toma. Ele sente o gosto e se delicia com o sabor. A vampira loira pálida olha para o nosferatu assustado, e larga um sorriso de canto de boca juntamente com um olhar malévolo, quase como se estivesse gostando de ver ele em pânico. Ela olha para o vampiro libanês, que retribui o sorriso.

Irritado, o vampiro nosferatu grita.

“Qual é a graça! Nós seremos todos destruídos! Precisamos fazer alguma coisa! Parem de rir!”

Eis que, como resposta ao grito do nosferatu, o vampiro libanês abre as asas, mostra os dentes e solta um grito que faz o nosferatu recuar imediatamente para seu canto, assustado.

Após se recompor, o vampiro libanês diz em tom impositivo:

“Nunca mais grite conosco! Nunca se esqueça que sem mim você não é nada!”

O nosferatu responde, com medo:

“Desculpe mestre, mas algo precisa ser feito. Nós seremos destruídos.”

O vampiro libanês, satisfeito de ter colocado o nosferatu no lugar dele, volta à sua posição inicial. Ele começa uma fala enquanto observa a chuva batendo no vidro da janela.

“Quando eu vim ao Brasil, junto com a família real portuguesa em 1808, eu vim para administrar essa colônia de Portugal. Tudo aqui é obra minha. Eu sou um dos pais fundadores da democracia brasileira de 1988, eu estava lá. Eu sou um dos constituintes e me mantive no poder sempre desde então. Recentemente eu ajudei a refundar as bases da democracia em 2021 através da juristocracia. É precisamente aí que você entra, você foi colocado lá pois eu precisava modificar a fórmula política democrática para a nova era vindoura. Você cumpre bem o seu papel meu aprendiz, mas nunca se esqueça do seu lugar.”

A vampira loira e pálida senta-se em um sofá confortável, ela diz ao nosferatu com um tom imperativo, de desdém, mas com uma voz doce.

“Nunca se esqueça do seu lugar. Assim como eu não questiono as ordens do conde, que é meu grande amor, você também não deve questioná-lo.”

O nosferatu responde.

“Mas eu não questiono, só que eu gostaria de saber é qual é o plano. Tudo indica que seremos derrotados em 2026. Bolsonaro voltará ao poder. Precisamos fazer algo, já sei! Vou mandar prendê-lo!”

Ele é interrompido pelo conde libanês.

“Não, não será necessário, eu tenho outro plano.”

“Que plano você tem, ó mestre.” Pergunta o nosferatu curioso.

O conde libanês responde:

“De fato parece ser impossível derrotar o bolsonarismo, é quase como se ele estivesse sendo protegido por Deus. Ademais, o espírito do tempo ruma à direita, isso eu posso sentir. Ainda mais agora que Trump voltou ao poder. Contudo, sempre há uma alternativa meu aprendiz, nunca subestime as forças do reino das trevas… derrotá-los-emos, não mais pela direita, mas sim pela esquerda. Sente-se, discutiremos o plano. Atacaremos a direita através da esquerda.” O conde termina a frase com uma rizada diabólica.

O grande plano para 2026

Tudo indica que o plano do centrão é replicar no Brasil de 2026 aquilo que foi feito em 2022, meio que sem querer, no Rio Grande do Sul.

Na eleição de 2022 no Rio Grande do Sul a esquerda estava tão mal, mas tão mal que ela sequer conseguiu ir para o segundo turno. O candidato deles ficou em terceiro lugar. Foi apertado, mas a esquerda ficou em terceiro lugar.

(Nota mental: mostrar essa reportagem²)

Foram para o segundo turno um candidato de centro (Eduardo Leite) contra um candidato Bolsonarista (Onyx Lorenzon).

A partir daí o que aconteceu foi o seguinte: no segundo turno, o eleitor de esquerda estava diante de duas opções que, para ele, eram péssimas. Mas ainda assim, o eleitor de esquerda foi e votou. Ele fez um voto antibolsonarista e votou no centro, para “evitar o mau maior”. Esse voto útil feito pela esquerda fez com que Eduardo Leite fosse eleito.

Isso ocorre pois existe uma lei secreta na democracia:

Quando a terceira via vai para o segundo turno a tendência deles é sempre vencer. Isso porque eles receberão um monte de votos do lado que não foi para o segundo turno, que votará neles com medo da vitória do outro lado.

Esse processo aconteceu no nosso Rio Grande do Sul, mas não é exclusividade daqui. Esse mesmo processo acontece frequentemente na França e é o que fez Emmanuel Macron ser eleito. Até onde sabemos, o primeiro lugar onde isso aconteceu na era moderna foi na França.

O que acontece na França pode acontecer no Brasil e vice versa uma vez que existe uma grande proximidade cultural entre esses países. Mas essa proximidade já foi discutida em artigos anteriores, não sejamos repetitivos. Guarde apenas a informação de que: o Brasil em muitos casos segue a tendência francesa e a não americana. Se você quiser entender o que acontece no Brasil, tão importante quanto ver a política americana é ver a política francesa.

Prompt: Desenhe Emmanuel Macron vestido de napoleão, na frente da esplanada dos ministérios, faça em estilo estúdios Ghibli.

E se o sistema desistiu de bater em Bolsonaro pois sabe que não tem como derrotá-lo? O que sobra para o clã de vampiros do centro? É bastante óbvio o que sobra: sobra bater no PT.

Se eles conseguirem arruinar a imagem do PT a um ponto tão ruim que ele não consiga ir para o segundo turno, pode se formar o mesmo cenário que se formou no Rio Grande do Sul, mas a nível de Brasil.

Ter-se-ia nesse caso em 2026 no segundo turno: um liberal centro direita robozinho contra o Bolsonaro (ou o candidato bolsonarista). A esquerda, com medo da “ameaça fascista do bolsonarismo” votaria no liberal robozinho e ele venceria no segundo turno com facilidade.

“Basta tirar a esquerda do segundo turno irmão”

O que é um candidato robozinho?

Define-se candidato(a) robozinho(a) como um político(a) que passa por um processo de robotização, onde a cabeça dele(a) aberta e é instalado dentro o software sociedade_aberta_4.0.exe . O resultado final do processo de robotização é um candidato sem alma por trás dos olhos, mas pronto para governar de acordo com os desejos da casta liberal, sendo bastante útil como ferramenta de poder gerencial (managerialism). Muitas pessoas se submetem a esse processo pois é possível ficar muito rico muito rápido assim. Contudo, o preço a ser pago é a completa perda da individualidades (atma), como opiniões próprias e modos de ser diferentes do padrão definido pelo software. Uma vez que o sistema é instalado você passa a trabalhar para o sistema de dentro e apartir dele, você passa a ser, pelo menos uma parte do sistema.

Desenho que parece mas não necessariamente é uma deputada robozinho brasileira.

Etapas até a vitória em 2026

Em primeiro lugar, se eles quiserem seguir a “Operação Macron” eles precisarão prender Bolsonaro. O objetivo da prisão, se feita, é remover Bolsonaro da política até o fim das eleições, para que ele não consiga transferir votos efetivamente e nem rodar o Brasil fazendo campanha para seu candidato. Mais ou menos do mesmo modo que foi feito com Lula na eleição do Haddad. Você prende ele para evitar que votos sejam transferidos.

“Ah mas não tem crime, Bolsonaro é inocente”. O mérito não importa dentro de um estado jurídico de exceção.

Essa prisão (do Bolsonaro) será amplamente comemorada pela esquerda que, inocentemente, acreditará que é uma vitória para eles, que eles estarão ganhando.

Entretanto o resultado prático da prisão do mito será bom só para o centro-direita, que conseguirá puxar alguns votos a mais para eles. Esses votos fazem toda a diferença.

Junto à prisão do mito é necessário descredibilizar ao máximo o governo da alma mais honesta da história do Brasil, para diminuir as chances de eles irem para o segundo turno.

Cada operação contra o PT será amplamente comemorada pela direita bolsonarista que, assim como a esquerda, inocentemente, acreditará que é uma vitória para o seu grupo político.

Mas a verdade é que os vampiros vão usar a esquerda e a direita para enfraquecer a direita e a esquerda. É a velha tática liberal de jogar os opostos um contra o outro. Como resultado desse enfraquecimento mútuo ter-se-á um cenário onde o candidato robozinho terá chances reais de ir para o segundo turno.

(ele pode até ter ajuda das caixas mágicas para ir ao segundo turno)

Se a operação der certo e o Macron brasileiro chegar no segundo turno, contra o candidato bolsonarista, acabou. Ele vencerá pela dinâmica citada anteriormente.

Talvez de fato seja impossível para eles destruírem o bolsonarismo, mas é possível enfraquecê-lo para que ele perca alguns votos.

Talvez também seja impossível acabar com a esquerda, mas é possível enfraquecê-los para que eles percam muitos votos.

No caso específico da esquerda é necessário fazer com que eles percam votos a ponto de não conseguir chegar no segundo turno.

Isso parece improvável, mas aconteceu no Rio Grande do Sul (caso nativo) e na França (caso original).

E se a polícia federal está sendo comandada por vampiros? E se vampiros cortaram as linhas de financiamento assimétrico do PT?

Teste de indicadores:

Nessa parte do artigo faremos uma verificação de indicadores prós e contra a hipótese por nós levantada. Começaremos com os argumentos que corroboram a hipótese e depois tentaremos falsear esses argumentos.

Elementos que corroboram a hipótese:

1 - Centrão desembarcou do governo. A antes base governista de centro que apoiava o PT agora atua ativamente contra o governo, mesmo ainda sendo a base. Pessoas da base do governo votaram a favor da anistia, pessoas a favor do governo querem uma CPI do INSS e pessoas do centro estão recusando cargos no governo.

Parece haver um plano em andamento para minar o governo por dentro.

2 - Fim de uma importante linha de financiamento da esquerda. O esquema do INSS era muito importante para o financiamento em 2026 e agora ele não existe mais. A linha de crédito criada pelo PT para 2026 foi neutralizada e é um grande golpe contra a esquerda. Não que eles não possam usar novos meios ilícitos para se alavancar, mas agora a coisa ficou muito mais difícil.

3 - Operação da PF contra o governo. A operação da PF contra o governo pode ser um ataque direto dos vampiros contra o PT. Essa operação parece fazer parte do plano de desmoralização e desfundização (essa palavra não existe, eu quis me referir a remover fundos) do PT, que é necessária para o bom funcionamento da operação Macron.

4 - Temer já está articulando a terceira via. Recentemente o ex presidente Michel Temer tem feito movimentações para tentar formar uma alternativa ao Bolsonarismo e ao Lulismo ou seja, formar uma terceira via. Provavelmente o liberal robozinho vai sair de dentro dessa articulação. Mais detalhes podem ser lidos nessa reportagem³.

Elementos que enfraquecem a hipótese da Operação Macron.

1 - O centrão pode estar desembarcando não porque querem destruir o PT, mas sim porque eles percebem que o PT não vai ganhar. O barco está afundando, eles podem estar pulando fora como estratégia de sobrevivência. Os políticos profissionais são muito bons no feeling de saber quem vai ganhar e quem vai perder.

2 - A polícia federal é isenta, independente, honesta e autônoma. Eles estavam investigando despretensiosamente e desbarataram todo o esquema de corrupção pois estavam pensando no país, no bem do aposentado.

Qual é a probabilidade?

3 - Os possíveis nomes da terceira via são leais a Bolsonaro. Michel Temer não parece ter força suficiente para tirar esses candidatos da zona de influência de Bolsonaro. Todos os nomes possíveis da terceira via (leia a reportagem) são nomes leais e que precisam do aval do mito.

4 - O PT teria que perder muitos votos, isso não parece ser possível de ser feito em um intervalo de tempo tão curto. A operação lava jato levou anos para baixar a popularidade do PT e ela teve apoio de mecanismos americanos de guerra informacional. O centrão pode não ser capaz de baixar a popularidade do PT tão rápido. Eles podem, contudo, usar influenciadores de esquerda insatisfeitos com o governo Lula contra o Lula.

Mecanismos de contra inteligência

Existe algo que possa ser feito para impedir a Operação Macron?

Com relação à direita não há muito o que possa ser feito. A direita teria que talvez evitar a prisão do mito para que ele consiga transferir os votos, mas eu não sei como isso poderia ser feito. Trump?

Também seria interessante articular para que esse candidato de terceira via não saísse, mas eu também não sei como isso poderia ser feito. Precisaria de uma contra articulação por parte do Valdemar? Não sei.

Com relação a esquerda a coisa parece mais fácil, mas ainda assim é algo complicado.

A esquerda teria que parar urgentemente todo e qualquer plano de desmoralização contra o Lula, que venha por parte do centro, e buscar controlar o fogo amigo que vem de influenciadores de esquerda no youtube, que estão insatisfeitos com o governo.

Talvez seria importante também impedir que Ciro Gomes saia como candidato, pois ele pode tirar votos do Lula e fazer ele não ir para o segundo turno, o que pode ajudar na Operação Macron.

Pense no seguinte cenário do primeiro turno:

Candidato do Bolsonaro - 28%

Candidato robozinho - 15,5%

A alma mais hones… - 15%

Ciro Games - 10%

(Se você acha que o Ciro não faria 10% saiba que ele já chegou a fazer 12,5% em 2002.)

Segundo turno:

Candidato do Bolsonaro - 35%

Candidato robozinho - 40%

Brancos, nulos e cornos - 25%

Operação Macron bem sucedida.

Na próxima eleição o candidato robozinho se reelege, o centrão indica uns quantos ministros para o supremo.

O centrão usa o apoio popular da direita para impichar ministros do supremo de esquerda e fim.

It’s over, Brasil será governado ad infinitum por liberais cheirosinhos. Bad ending.

Pergunta final do artigo: devemos avisar a esquerda sobre isso?

A esquerda pode ser completamente destruída em 2026 se a Operação Macron for bem sucedida. O que a princípio parece ser algo bom.

Contudo, o eleitor esquerdista NUNCA irá votar no mito. Ele sempre irá votar no robozinho.

A consequência desse processo é que a direita vai sempre ser a oposição que sempre vai perder as eleições contra os robozinhos. Portanto, a direita pode ser destruída a partir de um ataque contra a esquerda. Bem pensado Michel, bem pensado.

Chegamos a um empasse complicado, quase um Impasse Mexicano. Um conundrum, como diria o personagem Killa Harkan, de John Wick:

Mais uma vez, assim como no episódio passado do substack, chegamos em uma metáfora de gambling com cartas marcadas. Será que é influência do tigrinho operando no nosso subconsciente? Ou é o Brazino?

De qualquer modo, eis o conundrum:

A esquerda quer destruir a direita e o centro.

A direita quer destruir a esquerda e o centro.

O centro quer destruir os dois lados. Mas para isso eles precisam destruir apenas um.

Eles (vampiros) estão muito próximos de destruir a esquerda através de um robozinho em 2026, o que é o sonho do direitista, mas, se a esquerda for destruída assim a direita estará em um cenário onde ela perderá sempre e, por consequência, será destruída junto.

Os vampiros do centrão respiram política o tempo todo, todos os dias eles pensam em: como podemos vencer? Aparentemente eles estão fazendo a aposta de que é possível tirar a esquerda do segundo turno. Eles já tentaram isso no passado e falharam.

Mas com Bolsonaro preso e Lula fraco agora pode ser o momento perfeito de executar a operação Macron.

Isso é ruim para a esquerda, que estará fora do jogo.

Isso é ruim para a direita, que estará em um jogo que sempre perderá.

E, isso é ruim para o Brasil. Que será novamente colocado sob a influência do reino das trevas, da usura e da agiotagem internacional legalizada.

Por isso, novamente pergunto:

Devemos alertar a esquerda ou devemos deixar eles se lascarem?

(Atualização: parece ter havido alguma movimentação de bastidor por parte do bolsonarismo para minar a operação Macron. Comentar isso na versão em vídeo desse artigo.)

1. https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/04/29/o-que-a-pf-descobriu-na-investigacao-das-fraudes-no-inss.ghtml

2. https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/apuracao/1turno/rio-grande-do-sul/

3. https://www.poder360.com.br/poder-eleicoes/temer-quer-unir-5-governadores-em-busca-de-3a-via-para-2026/