Antes de tudo a direita precisa entender que o inimigo dela não é o centrão. O foco de grande parte da direita brasileira está errado. O centrão não é o problema. Especialmente é preciso dizer bem claramente que Alexandre de Moraes não é o problema central da direita brasileira.
Sim, exatamente isso que você leu. Alexandre de Moraes não é o principal problema da direita brasileira.
“Ainnn mas as pessoas estão presas.”
O direitista brasileiro que acredita que o problema é o Xandão assemelha-se a um cachorro perseguindo um carro. Eu pergunto: o que acontece com o cachorro se o carro parar e ele finalmente alcançar o carro?
O que o impeachment do Xandão conseguiria para a direita? Supondo que se fizesse um grande movimento e isso fosse alcançado, o que é algo bastante improvável, o que resultaria disso? Resposta: uma nova vaga de ministro do supremo para Lula indicar. É isso que você quer? Você está disposto a dar uma vaga nova do supremo para o PT?
A não ser claro que o plano do direitista seja fazer um impedimento do Xandão, seguido de uma anulação da eleição, seguido de uma nova prisão de Lula, seguido novas eleições para que o líder da direita possa vencer e indicar um ministro melhor. Eu pergunto: o que mais você quer meu querido? Uma mulher de mais de vinte anos virgem sem tatuagens católica para casar e ter filhos?
Todo o esforço empregado na luta contra o Xandão por parte da direita é um erro. Já são quase dois anos perseguindo essa mesma pauta sem dar qualquer resultado concreto. Nem os presos do 8/1 conseguiram libertar, vocês acham que irão chegar aonde com essa pauta? É verdade que é uma pauta que dá cliques, que engaja, é bom de defender no youtube para ganhar inscritos na bolha da direita e também ganhar uns livepix. Mas e o resultado concreto? Cadê?
Tic tac tic tac tic tac…
É preciso que a direita brasileira entenda que a luta deve ser direcionada não ao Xandão mas sim a esquerda nacional, representada por Lula e o PT. O inimigo, no sentido schimidtiano, não é o centro, o inimigo é a esquerda. Contudo, isso é muito difícil para o direitista entender pois ele NÃO CONSEGUE VER O CENTRO. Ele acha que tudo o que não está de acordo com o que ele considera direita é esquerda. É a escola Marcelo Andrade de ciências políticas.
O direitista burro acredita que o Xandão é de esquerda. Isso é falso. A verdade sobre o Xandão é que ele é alguém que foi colocado pela classe política do Brasil para salvar a classe política do Brasil de ameaças, ele não tem ideologia, ele é fisiológico e está lá para cumprir sua função. Se ele tem TALVEZ alguma ideologia TALVEZ seja um centro direita e olhe lá.
É preciso que se entenda que o Xandão não é só um cara com coragem metendo o louco na república. Junto a ele existe uma boa parte da oligarquia dando suporte as ações dele, a oligarquia local.
Mas falaremos do Xandão mais a frente, primeiro vamos explicar a estrutura de governança do Brasil atual.
O tripé de governança nacional
É bastante claro que o Brasil é governado por um tripé onde o Xandão é só parte de uma perna. Esse tripé é formado por um braço do partido democrata americano no Brasil (Legacy Midia), pelo centrão e pelo PT. Derrubando uma perna do tripé o governo não se sustentará mais. Vamos as opções.
Opção 1 - Derrubar a Legacy Mídia
Não é possível fazer isso agora pois mesmo que o governo democrata americano caia ela ainda assim irá operar de modo autônomo. Vimos isso durante todo o governo Trump. Você acha que a rede globo vai passar a apoiar a direita brasileira se o Trump voltar? Não, não vai. O único modo de acabar com a Legacy Midia é através de uma destruição gradual que envolverá a substituição dela por redes sociais de direita, em um processo que levará décadas. Essa não é uma opção viável, próxima.
Opção 2 - Derrubar o centrão (Xandão)
Não é viável a curto prazo pelo motivo explicado acima. Derrubar ele significa designar um novo nome do PT para o mesmo cargo. Esse nome do PT será provavelmente mais hostil a direita do que o Xandão. Sempre lembre que você está no Brasil, sempre é possível piorar.
Opção 3 - Derrubar o PT.
O PT em partes já está derrubado. Ele perdeu grande parte de sua representação popular e tudo indica que agora nas eleições de prefeito ele perderá mais ainda. O trabalho do bolsonarismo (que identificamos com a direita no Brasil atual) é antagonizar com o PT e não com o Xandão.
É preciso se perguntar porque o centrão tirou o Lula da cadeia para jogá-lo na cadeira da presidência novamente ao declará-lo vencedor em 2022. A resposta é bastante óbvio: o Bolsonarismo se mostrou em seu governo uma força muito mais hostil ao centrão do que o Petismo. O Bolsonarismo, em especial na figura do liberal Paulo Guedes, fez o possível para destruir o centrão e, a consequência natural era que o fisiologismo, buscando sua autoproteção, fechasse com uma ala menos hostil, que foi a ala do PT.
Muitos direitistas se doem muito com o Xandão e seu autoritarismo mas eles não entendem que na verdade o Xandão é uma força política reativa resultante do extremismo bolsonarista. Aqui a teoria da mola faz-se útil para explicar.
Se você puxar ou apertar uma mola ela tende, quando solta, a dar uma resposta de proporção semelhante no sentido contrário. O Xandão age do modo que age pois é a força necessária para dar uma resposta a altura para o extremismo de direita, que apertou a mola. Aqui precisamos fazer uma pausa e dizer que o bolsonarismo não é extremo, existem setores da direita muito mais extremistas que o bolsonarismo. Mas você tem que observar a questão do extremismo em comparação com o que era a direita brasileira antes. Eis a direita brasileira antes, perceba o nível de bundamolisse:
Se você comparar a direita anterior (PSDB) com o bolsonarismo é evidente que ocorreu uma virada extrema para a direita dentro da direita. Então, para deixar bem claro, Bolsonaro não é um extremista se comparado ao máximo extremismo possível de direita, mas ele é um extremista se comparado com o que tinha antes na direita.
Esse extremismo e a sanha bolsonarista por destruir o centrão foi um movimento de apertar a mola e, o ministro Xandão, é a força contrária, reativa, ele é uma resposta. O Xandão possui o nível de autoritarismo necessário e suficiente para controlar o bolsonarismo, foi dado a ele esse poder justamente para isso. Ele é um freio defensivo estabelecido por Brasília a essa nova direita que tinha como objetivo destruí-la.
Se você acredita que a política brasileira se resume na frase “Mais Brasil menos Brasília” não se surpreenda quando Brasília se virar contra você.
A verdade é que o Bolsonaro deveria ter negociado com o centrão no dia 1 do seu governo. Mais tarde ele negociou, mas não porque ele queria, mas sim porque ele não teve escolha. Ainda assim, o centrão, dentro do governo Bolsonaro, sabia que estava em uma posição ruim e precisava de uma posição mais confortável e, essa posição, apesar de impopular, era o petismo.
Indo bem direto ao ponto sobre duas coisas que precisam ser feitas pela direita: 1 - é necessário que o bolsonarismo se mostre ao centrão como uma força que não quer destruí-lo e 2 - também se mostre para eles uma força que é melhor para eles que o PT. Através dessa postura será possível angariar apoio da elite interna para a direita retornar ao poder em 2026, com ou sem Bolsonaro.
Especificamente falando sobre anistia dos presos do dia 8 de janeiro, eis aqui uma provocação verdadeira, mas difícil de aceitar:
A direita não deve ter como foco exigir anistia para os presos do 8/1. A direita deve ter como foco exigir anistia para Alexandre de Moraes pelo que ele fez com os presos do 8/1.
Sim, você leu corretamente. Explico.
A pessoa que pede impedimento de Alexandre de Moraes está cada vez mais apertando a mola e, assim, está sem saber cada vez pedindo mais autoritarismo. Junto a isso, esta jogando o centrão cada vez mais para o colo do PT. Por mais bem intencionado que seja o direitista que pede impedimento do Xandão é preciso deixar bem claro que, na verdade, ele está trabalhando contra a libertação dos presos do 8/1. Não adianta ter boas intenções se a sua ação não é a correta.
É preciso que você entenda, leitor, que não é possível anistiar os presos do 8/1 sem que a direita volte ao poder antes. Primeiro você volta ao poder, depois você salva as pessoas. Que fique claro: não é possível salvar os presos do 8/1 sem ter o poder de fazê-lo uma vez que o poder é uma condição para a realização da ação.
Por isso, todo o esforço da direita brasileira está direcionado para o alvo errado. O alvo não deve ser o centro, o alvo deve ser a esquerda. O centro só está apoiando a esquerda pois a direita quer destruí-lo. Enquanto a postura da direita for uma postura de quebrar ao invés de construir pontes os presos do 8/1 jamais serão soltos. Você pode até querer negar isso que você leu agora, mas é a verdade. Se você defende o impedimento do ministro Alexandre de Moraes você não é parte da solução, é parte do problema. Você é livre para ignorar a verdade mas é um escravo das consequências de ignorá-la. Quanto mais pressão for feita pelo impedimento de Alexandre de Moraes mais distante fica a libertação dos presos.
Tic tac tic tac tic tac…
É preciso que a direita brasileira como um todo, em todas as suas vertentes, una-se contra a esquerda buscando conciliação com o centro. Isso implica em uma mudança grande de foco sim, é verdade. A direita até aqui tem tido uma postura de jovem imaturo, que quer ganhar tudo na base do grito e do esperneio virando a mesa. É preciso que a direita brasileira cresça e passe para um segundo estágio, onde ela deve buscar uma conciliação com partes do sistema que podem ser conciliadas para retomar o poder. Daí depois, com o poder, anistie-se todo mundo, incluindo o ministro Alexandre de Moraes.
A questão Trump
A pouco falamos que o centrão apoia a esquerda pois ela é menos ruim para eles, o que é uma grande verdade. A direita atual quer virar a mesa, destruir o centrão, vender todas as estatais, não dar verba nenhuma para políticos e quer prender o principal representante deles que é o Xandão.
A eleição de Donald Trump, se ocorrer, pode ser uma grande oportunidade para a direita. Isso porque uma pressão externa dos EUA trumpista pode resultar em “ficar caro” para o centrão apoiar o PT. Ficar caro no sentido de que o centrão terá que fazer um cálculo político nesse novo cenário geopolítico.
SE estiver muito arriscado apoiar o PT pela pressão internacional E a direita brasileira tiver uma postura mais conciliadora ao invés de destruidora com relação ao centrão, é possível que o centrão abandone a esquerda e a direita volte ao poder em 2026.
Agora, se ficar caro para o centrão apoiar a esquerda por causa do Trump mas a direita continuar com essa postura hostil com o centrão é provável que, no cálculo político deles, eles decidam pagar o preço caro e continuar apoiando a esquerda, mesmo que a situação deles fique pior do que está hoje. Isso porque perder um pouco é melhor do que perder tudo e, eles podem fechar com a China, o que causará um problema ainda maior para a direita no Brasil.
Com relação a possível volta do trumpismo é preciso que 1 - haja uma colaboração bilateral da direita brasileira com a direita americana para deixar o PT cada vez menos atrativo ao centrão. Junto a isso, no Brasil, 2 - deve haver uma mudança de postura da direita brasileira para que ela não veja o centrão como um inimigo mas sim como um potencial aliado contra a esquerda.
A colaboração bilateral entre a direita brasileira e direita americana (ponto 1) está sendo feita com o setor mais vira lata e nojento da direita brasileira, os americanistas. Aqui inclui-se os jornalistas Paulo Figueiredo, Allan dos Santos e Rodrigo Constantino. Uma análise sobre a direita americanista será feita no futuro mas agora não é o momento. O que importa é que essa articulação pelo menos está sendo feita. Do modo não desejável é verdade, mas está sendo feita.
Mais importante do que falar do que está sendo feito é preciso falar do que não está sendo feito.
O que não está sendo feito é o trabalho interno de mudança da postura da direita (ponto 2). A direita nacional continua atacando o centro sem parar pois não entendeu que o centrão, apesar de ser parte do problema, pode ser parte da solução. Ela reclama do chicote (centrão) sem entender que o problema é a mão que o balança (PT). Uma parcela grande da direita brasileira precisa mudar rapidamente a sua postura com relação ao centrão e, infelizmente, talvez isso não seja possível de ser feito devido ao excesso de puritanismo da direita. Não parece ser possível que o chicote passe para a mão da direita.
Para ser justo, Bolsonaro tem tentado mudar um pouco essa situação. Em suas recentes aparições públicas nos eventos de sete de setembro ele tem moderado o discurso fazendo um aceno a oligarquia nacional. Mas não adianta nada o Bolsonaro mudar se os seguidores dele continuarem achando que vão derrubar o sistema aos gritos de fora Xandão, coletando assinaturas para um impeachment que, se acontecer, só favorecerá o PT.
Se a direita quiser derrubar o Xandão ela primeiro precisa estar no poder para indicar outro no lugar em 2026. Mas se a direita volta ao poder do modo que estamos sugerindo, talvez nem seja preciso derrubar o ministro.
A verdade é que a política é um jogo sujo e, a direita brasileira não quer se sujar. Ela prefere ser derrotada seguindo seus princípios teóricos virtuosos do que ceder um pouco ao centrão para conseguir o poder. Isso ficou bastante claro no começo do governo Bolsonaro, onde qualquer denúncia mínima que fosse era capaz de derrubar um ministro e, os ministérios não podiam conter ninguém do centrão que tivesse alguma suspeita de corrupção. Essa é a direita limpinha dos liberais bunda mole, a direita que existe para pagar de virtuosa e perder.
Talvez a direita brasileira tenha acreditado em sua própria narrativa. Talvez a direita brasileira acreditou e, ainda acredita, que é possível fazer política e ser honesto. Aqui vai uma blackpill sobre política: isso não é possível. Política no mundo onde Deus morreu no campo da moral não é mais sobre honestidade e virtude, é sobre poder, amigos e inimigos. Infelizmente a direita brasileira não entendeu que o inimigo é a esquerda e que o centro, no momento inimigo, pode tornar-se amigo.
Essa mudança de postura necessária a direita nacional não parece ser possível de ser feita pela direita liberal uma vez que eles se preocupam mais com seus princípios do que com o povo. A direita nacionalista talvez conseguiria fazer isso, mas ela é muito pequena.
O problema do maquiavelismo.
Aqui é preciso fazer um adendo. A direita brasileira terá que abrir mão de um pouco de suas convicções e princípios em nome da tomada de poder. Contudo, isso precisa ser feito com cuidado. Temos na nossa frente o exemplo do PT. O PT decidiu abrir mão de suas convicções para retornar ao poder a qualquer custo. Foi feito um cálculo por parte dos estrategistas de esquerda e eles chegaram a conclusão de que isso valia a pena. Mas eu pergunto: valeu?
Retomar o poder é, de fato, muito diferente de ganhar uma eleição. Dirceu está correto nesse ponto. Mas será que vale a pena retomar o poder nessas condições? Hoje o PT é um simulacro daquilo que já foi e está completamente capturado por forças externas a ele.
De fato o Lula saiu da cadeia e está na presidência, mas a impressão que temos é que ele e o PT, politicamente falando, continuam presos.
O sábio aprende com os erros dos outros. Esse exemplo do PT nos mostra que, se a direita resolver fazer as pazes com centrão para retornar ao poder, ela deve cuidar para não ser refém dele assim como é o governo Lula 3.
Em favor da direita existe uma diferença entre Bolsonaro e Lula. A diferença é que Bolsonaro é popular e o Lula não (é mais). A popularidade dá governabilidade, que facilita o preço da governança e que reduziria o risco da direita se perder, assim como o PT se perdeu. Já explicamos essa diferença de governabilidade vs governança em outros episódios, mas de um modo rápido:
A governabilidade diz respeito a percepção de legitimidade dos cabeças de uma organização, incluindo o líder. A governança são mecanismos (a máquina) que podem implementar uma agenda política. Quanto maior a percepção de legitimidade mais fácil é para aquele governo mover a máquina. Entenda leitor: o poder político é um poder de natureza social então a mera percepção de legitimidade é uma fonte de poder em si. Por isso, quanto mais legítimo é um governo mais fácil é de ele mover a máquina. A não ser, claro, que o líder e seu grupo (governo Bolsonaro 1) queira destruir a máquina, dai a máquina se vira contra ele ligando um mecanismo de defesa, mecanismo que o ministro Alexandre de Moraes faz parte.
Mas, em teoria, se a direita brasileira tentar conciliar com a máquina, não querendo destruí-la, ela se moverá mais fácil uma vez que Bolsonaro tem mais apoio popular que o Lula e, isso reduz a possibilidade de acontecer com o governo Bolsonaro 2 o que aconteceu com o governo Lula 3. Dirceu e os estrategistas do PT fizeram a escolha de voltar ao poder a qualquer custo, mas se eu pudesse apostar, eu apostaria que eles estão muito insatisfeitos com a situação que estão.
Esse problema enfrentado pelo PT é o principal problema daqueles que veem o poder como um fim em si mesmo. Em termos políticos o poder é um meio para um fim. Esse fim é a implantação de uma agenda política. No sentido que você deve buscar o poder para usá-lo (meio) para alcançar um objetivo (fim). Só o poder pelo poder adianta. O poder pelo poder é como uma caneta sem tinta. De que adianta ter uma caneta se você não consegue usar ela para escrever o que precisa ser escrito?
Quando o PT resolver voltar ao poder a qualquer custo ele acabou pagando o preço de abrir mão da possibilidade de implementação da sua agenda, é quase como se ele estivesse com uma caneta vazia na mão. A direita não pode deixar isso acontecer com ela se optar conciliar com as oligarquias locais.
Mas enfim…
Pode a direita dar essa guinada conciliadora com o centrão? Ou será que ficaremos mais dois anos nessa gritaria para apertar cada vez mais a mola na esperança que ela se quebre? Porque parece que o plano é esse, se há algum plano por parte da direita liberal (eu não acho que há) o plano parece ser quebrar a mola com a ajuda de Trump. Eu não acho que a direita tem força suficiente para isso mesmo que o Trump volte. Não é melhor ir soltando a mola aos poucos com cuidado para, no futuro, ter uma caneta com tinta?
Como vai, Homero?
Interessante como vários pontos da política são eco na vida, tanto nas estratégias de como construir pontes, para um bem maior, quanto no peso das consequências ao desconsiderar a verdade. Esse texto revelou a importância das decisões com respaldo na condicionalidade, das boas intenções ou motivações em uma via de contramão das ações, do resultado do extremismo como medida, que a legitimidade se sobrepõe ao poder, que o poder é um meio para testar a sabedoria; a falta da mesma custa caro; e, a relevância de ressaltar, essencialmente, o que não está sendo feito.
Parece óbvio, porém as vezes o óbvio precisa ser dito..
Com relação a blackpill sobre política: "Política no mundo onde Deus morreu no campo da moral, não é mais sobre honestidade e virtude, é sobre poder, amigos e inimigos. Isso aqui soou um tanto quanto estranho e tem um PORÉM bem grande aqui.
Nas Escrituras Sagradas, em específico nos livros de 1ª e 2ª Reis, que relatam as dinastias desde Davi até Jeoaquim, fica bem nítido que os reis que tiveram Deus na direção dos seus reinados, colocando na prática a obediência as leis oriundas dos seus mandamentos, sabiam administrar a política com moral ilibada, honestidade e virtudes, e ainda ganhavam como bônus a popularidade porque havia prosperidade, poder (não qualquer poder) e supremacia sobre os inimigos. Os reis que faziam o que era mau aos olhos de Deus, incluindo com muito destaque, alianças com reis idólatras e pagãos, casamentos com mulheres desses povos (aliança), estavam fadados ao fracasso. A leitura desses dois livros tem um "peso de ouro"; observar os exemplos e segui-los como referência, determinará o êxito na política e na vida. Nesses livros também fica claro, principalmente, o que não fazer. Outros exemplos são os livros de Juízes, com destaque para a história de Sansão e Dalila, Daniel, Provérbios e dentre outros.
Sim, é tudo sobre escolhas de alianças! Sem nunca esquecer a quem servir, para que o destino não seja a servidão, no pior sentido dessa palavra.
Com base no seu texto podemos incluir outra parte, a do sábio que aprende com os erros dos outros e a análise do cuidado da direita em não se tornar refém do centrão ao ser condescendente demais.
Nesses livros contém muitos exemplos de legitimidade, governabilidade e governança. Sim, é tudo sobre política! Afinal, está relatado todo o proceder e postura dos reis, governadores, juízes e o resultado final de suas decisões e ações.
Tem certeza que é um bom negócio tirar Deus dessa equação, ou só lembrar Dele quando for conveniente? Os modelos de política que têm se apresentado, excluindo Deus e confiando no brilhantismo dos homens, têm fracassado; logo, não precisam ser copiados.
Você é livre para ignorar a verdade, mas será um escravo das consequências de ignorá-la.
Estejamos, atentos!
Muito bom. O Xandão é um sintoma, e não a doença. Remova-o e ganhe o piscineiro do sítio de Atibaia como próximo ministro do suprmo. Lula só foi "ressuscitado" por ser o único líder político com uma quantidade de votos que tornaria sua vitória contra Bolsonaro verossímil, para dar uma aparência de legitimidade ao regime, ponto essencial em que você tocou.