Excelente texto, Homero. Gostei muito da série de vídeos sobre Fórmula Política e Teoria do Poder. Vejo que muito se fala sobre a perda do monopólio da informação (redes sociais) e perda do monopólio da emissão de moeda (criptos) por parte das elites, porém ninguém fala que o monopólio do uso da força se mantém firme, só parece crescer. No meu ponto de vista é aí que se sustenta todo o sistema; no final das contas vale a vontade de quem tiver o porrete maior, independentemente de qualquer objeção de ordem ética ou moral. Gostaria, se possível, que você abordasse esse tema em vídeos futuros.
Aproveitando o texto, compartilho minha crítica à mentalidade brasileira, e a necessidade de identifica-la e supera-la.
Com o triunfo positivista, a mentalidade brasileira adquiriu o vício de olhar para o passado como essencialmente inferior. A era Vargas divulgou fatos caricatos sobre Dom João VI Cf. Pilares da independência do Dr. Evandro Pontes. A nova república sua frio ao lembrar do regime militar e seu sadismo; vide a sanha liberal do FHC e a Comissão da verdade do PT. E o Bolsonarismo e lulismo dividem o poder, ao passo que um nega o outro.
Estamos sempre a negar o passado para que o regime atual seja a antítese (já a síntese nunca vem).
Em outro extremo temos a Rússia. Por mais que eu pessoalmente pregue que Stalin é um sujeito inimigo da Rússia, quis a história que ele fosse um herói desse povo (por mais que as circunstâncias o obrigou a parar de apagar a cultura russa e a abraça-la para repelir os alemães). Até a rússia de Putin não vê nenhuma contradição em amar os Czares e Stalin simultaneamente. Este povo, ame-o ou não, tenta amalgamar toda a sua história numa síntese para se colocar frente ao mundo. Claro que tem problemas essa mentalidade, mas isso fica para um outro momento.
Quanto ao Brasil, contiuamos num repetido esforço de negar o passado. sempre estamos envergonhados e sempre tentamos maçonicamente nos reconstruir. Mesmo que o regime do fim da história esteja acima de críticas, parece que a democracia no Brasil acentuou o vício de quebrar com continuidades, a vitória do Lula significou o fim do bolsonarismo no poder, enquanto uma vitória do Bolsonaro é o fim do lulismo. Até mesmo quando esses caras estão no poder, vemos um iconoclatismo, em que estes líderes reclamam de não ter poder e estarem sobre sítio, enquanto promovem sua turba de populares a quebrarem coisas.
Excelente texto meu estimado doutor, professor, mestre, sua excelência Homero!
Uma coisa que me incomoda a um tempo é esse papo furado, essa expressão vazia e sem brio cunhada pela direita neocon sobre "ativismo judicial" ora, se a função juiz é aplicar restritivamente o que está na lei, acabem com a profissão de magistrado e coloquem um computador pra aplicar as leis, seria estilo Cyberpunk, uma máquina estilo Skynet ora poha !
Essa solução seria bem melhor: mais rápida e eficiente, muito mais barata e com toda certeza mais justa que o modelo atual.
Substituir um juiz de direito por uma IA é algo plenamente viável com a tecnologia que temos hoje, mas o judiciário não largaria sua mamata tào fácil assim, haveria guerra para manter as coisas do jeito qu estão.
Gostaria de trazer algumas informacões complementares a respeito do tema "tecnocracia":
-É a última moda na europa já há alguns anos, dado que hoje os parlamentos europeus são irrelevantes(menos o britânico, esse ainda é relevante), e somado ao fato que o parlamento da u.e é só um carimbador para a comissão europeia(o real detentor do centro de gravidade), logo, temos um modelo não em plena vanguarda, mas sim uma cópia adaptada.
-Conde drácula hoje é senão o mais forte, então um dos mais fortes homens nesse país(kassab ainda não tem o officeboy dele na corte), mesmo com o MDB tendo tantas facções políticas locais dentro do próprio partido.(vai ver, o ave temer faz sentido).
- Nenhuma ditadura é perene, o Brasil em sua história política vive há décadas em movimentos de sístole e diástole, uma hora o show tem que acabar, seja por esgotamento de poder, seja pelo abuso dele(a média de idade do stf e do stj é meio alta para ficarem caçando conversa com o tudo e todos).
-Sim, o brasileiro adora uma figura jupiteriana. É compulsivo e patológico isso, paradoxalmente, age como pode para sempre ganhar vantagem fora das vistas da figura paterna substituta(seja o estado, seja a mulher/marido, etc..), talvez isso explique a díade dos movimentos políticos decenais que citei no parágrafo acima.
No mais, espero ter contribuido com outros prismas para essa discussão que tateia sobre as rochas ainda não tocadas desse país.
Seria a juristocracia um meio da velha elite brasileira frear o advento de uma nova elite, ou a velha elite de já foi superada e os membros que estão por trás da juristocracia são a "nova elite"?
Digo isso, pois Temer é um membro da velha elite, porém parece ser um dos responsáveis pela superação do modelo democrático. Portanto, me parece que a nova elite, na verdade, é formada por membros da velha elite que consiguiram retirar certos membros inconvenientes e formaram assim uma "nova elite", porém de nova tem apenas o meio de atuação (juristocracia ao invés de democracia), mas seus membros sejam ainda velhos.
Ótimo texto, Homero. Venho pensando se a geração Z, que se radicalizou, teria alguma fórmula de superação para esses sistemas criados pela elite atual, ou se a radicalização seria um artifício para a criação de um 'monstro' que 'devemos combater', dando mais fôlego às elites de hoje.
Texto interessante e oportuno, principalmente por expor a Juristocracia que governa o país há 5 anos (de maneira explícita), chamando-a pelo nome e visando definir e explicar, no que é possível. Em sua relação com a democracia, se apresenta na prática como uma superação desta, mas acredito que sem manter nenhuma relação ou mesmo aparência com ela, sendo de natureza bastante institucional (sinal do estancamento e esgotamento políticos).
Interessante e parece correto. Notavelmente, a juristocracia se faz presente não como um órgão necessariamente alinhado completamente a esquerda, vide a recente determinação da Suprema Corte britânica afirmando uma definição biológica de gênero, ou mais no passado, a anulação da Roe V Wade nos EUA. No Brasil, talvez os únicos que vem destoando mais do "consenso dos juristas" talvez seja o MBL, o qual eu digo de passagem, sou incapaz de confiar. Suspeito que isso se dê pois o MBL/Missão é a escolha de Trump para o Brasil. Todo o novo discurso do grupo casa muito bem com o que se observa na ascendente direita americana representada politicamente por figuras como JD Vance (Talvez o Vance seja um pouco melhor), mas enfim, isso é pura especulação, o fato é que eles permanecem uma curiosa exceção a tendência geral na política nacional. Um abraço.
Excelente texto, Homero. Gostei muito da série de vídeos sobre Fórmula Política e Teoria do Poder. Vejo que muito se fala sobre a perda do monopólio da informação (redes sociais) e perda do monopólio da emissão de moeda (criptos) por parte das elites, porém ninguém fala que o monopólio do uso da força se mantém firme, só parece crescer. No meu ponto de vista é aí que se sustenta todo o sistema; no final das contas vale a vontade de quem tiver o porrete maior, independentemente de qualquer objeção de ordem ética ou moral. Gostaria, se possível, que você abordasse esse tema em vídeos futuros.
Aproveitando o texto, compartilho minha crítica à mentalidade brasileira, e a necessidade de identifica-la e supera-la.
Com o triunfo positivista, a mentalidade brasileira adquiriu o vício de olhar para o passado como essencialmente inferior. A era Vargas divulgou fatos caricatos sobre Dom João VI Cf. Pilares da independência do Dr. Evandro Pontes. A nova república sua frio ao lembrar do regime militar e seu sadismo; vide a sanha liberal do FHC e a Comissão da verdade do PT. E o Bolsonarismo e lulismo dividem o poder, ao passo que um nega o outro.
Estamos sempre a negar o passado para que o regime atual seja a antítese (já a síntese nunca vem).
Em outro extremo temos a Rússia. Por mais que eu pessoalmente pregue que Stalin é um sujeito inimigo da Rússia, quis a história que ele fosse um herói desse povo (por mais que as circunstâncias o obrigou a parar de apagar a cultura russa e a abraça-la para repelir os alemães). Até a rússia de Putin não vê nenhuma contradição em amar os Czares e Stalin simultaneamente. Este povo, ame-o ou não, tenta amalgamar toda a sua história numa síntese para se colocar frente ao mundo. Claro que tem problemas essa mentalidade, mas isso fica para um outro momento.
Quanto ao Brasil, contiuamos num repetido esforço de negar o passado. sempre estamos envergonhados e sempre tentamos maçonicamente nos reconstruir. Mesmo que o regime do fim da história esteja acima de críticas, parece que a democracia no Brasil acentuou o vício de quebrar com continuidades, a vitória do Lula significou o fim do bolsonarismo no poder, enquanto uma vitória do Bolsonaro é o fim do lulismo. Até mesmo quando esses caras estão no poder, vemos um iconoclatismo, em que estes líderes reclamam de não ter poder e estarem sobre sítio, enquanto promovem sua turba de populares a quebrarem coisas.
Um abraço!
Excelente texto meu estimado doutor, professor, mestre, sua excelência Homero!
Uma coisa que me incomoda a um tempo é esse papo furado, essa expressão vazia e sem brio cunhada pela direita neocon sobre "ativismo judicial" ora, se a função juiz é aplicar restritivamente o que está na lei, acabem com a profissão de magistrado e coloquem um computador pra aplicar as leis, seria estilo Cyberpunk, uma máquina estilo Skynet ora poha !
Essa solução seria bem melhor: mais rápida e eficiente, muito mais barata e com toda certeza mais justa que o modelo atual.
Substituir um juiz de direito por uma IA é algo plenamente viável com a tecnologia que temos hoje, mas o judiciário não largaria sua mamata tào fácil assim, haveria guerra para manter as coisas do jeito qu estão.
Estimador doutor, que excelente texto !
Gostaria de trazer algumas informacões complementares a respeito do tema "tecnocracia":
-É a última moda na europa já há alguns anos, dado que hoje os parlamentos europeus são irrelevantes(menos o britânico, esse ainda é relevante), e somado ao fato que o parlamento da u.e é só um carimbador para a comissão europeia(o real detentor do centro de gravidade), logo, temos um modelo não em plena vanguarda, mas sim uma cópia adaptada.
-Conde drácula hoje é senão o mais forte, então um dos mais fortes homens nesse país(kassab ainda não tem o officeboy dele na corte), mesmo com o MDB tendo tantas facções políticas locais dentro do próprio partido.(vai ver, o ave temer faz sentido).
- Nenhuma ditadura é perene, o Brasil em sua história política vive há décadas em movimentos de sístole e diástole, uma hora o show tem que acabar, seja por esgotamento de poder, seja pelo abuso dele(a média de idade do stf e do stj é meio alta para ficarem caçando conversa com o tudo e todos).
-Sim, o brasileiro adora uma figura jupiteriana. É compulsivo e patológico isso, paradoxalmente, age como pode para sempre ganhar vantagem fora das vistas da figura paterna substituta(seja o estado, seja a mulher/marido, etc..), talvez isso explique a díade dos movimentos políticos decenais que citei no parágrafo acima.
No mais, espero ter contribuido com outros prismas para essa discussão que tateia sobre as rochas ainda não tocadas desse país.
Um abraço, daqui de Teresina!
Sugestão de pauta para um próximo vídeo: o caso do CLT demitido por causa do Padre Fábio.
Pontos que acho interessantes:
- o pecado da avareza (arruinar um trabalhador por causa de R$ 20,00);
- o pecado da soberba (exposed do trabalhador na rede social do padre, que tem milhões de seguidores);
- ignorar o ensinamento de Jesus Cristo para oferecer a outra face;
- a obstinação na mentira;
- a autocomiseração por causa das críticas recebidas versus a resiliência dos primeiros cristãos martirizados por testemunharem a fé em Cristo;
- a citação do Código de Defesa do Consumidor quase como Ersatz das Escrituras Sagradas.
Muitos já fizeram vídeos sobre o ocorrido, mas nenhum deles foi uma análise filosófica feita por profissionais.
Parabéns pelo texto.
Seria a juristocracia um meio da velha elite brasileira frear o advento de uma nova elite, ou a velha elite de já foi superada e os membros que estão por trás da juristocracia são a "nova elite"?
Digo isso, pois Temer é um membro da velha elite, porém parece ser um dos responsáveis pela superação do modelo democrático. Portanto, me parece que a nova elite, na verdade, é formada por membros da velha elite que consiguiram retirar certos membros inconvenientes e formaram assim uma "nova elite", porém de nova tem apenas o meio de atuação (juristocracia ao invés de democracia), mas seus membros sejam ainda velhos.
Ótimo texto, Homero. Venho pensando se a geração Z, que se radicalizou, teria alguma fórmula de superação para esses sistemas criados pela elite atual, ou se a radicalização seria um artifício para a criação de um 'monstro' que 'devemos combater', dando mais fôlego às elites de hoje.
meu próximo animal de estimação vai ser um Xandinista!, pensa numa gentinha que defende o dono a qualquer custo….
2026 vou apoiar o Bolsonaro só pra irritar a esquerdalha é isso aí #Bolsonaro2026 #SemAnistia
Tudo bom contigo Homero? Um abraço! O texto está excelente e bem escrito.
Seria possível mudar a mentalidade do povo a curto prazo?
Rezemos pela alma do Papa, que apesar de suas imperfeições ainda era o legítimo sucessor de Pedro. Um abraço Homero!
Texto interessante e oportuno, principalmente por expor a Juristocracia que governa o país há 5 anos (de maneira explícita), chamando-a pelo nome e visando definir e explicar, no que é possível. Em sua relação com a democracia, se apresenta na prática como uma superação desta, mas acredito que sem manter nenhuma relação ou mesmo aparência com ela, sendo de natureza bastante institucional (sinal do estancamento e esgotamento políticos).
Excelente texto Homero, parabéns!!! Rezemos pelo futuro do Brasil e também pela continuidade Igreja Católica, que Deus tenha o Papa Francisco.
Parabéns pelo texto Homero! A propósito, de onde tirou " cadelizaçâo"? Kkkk. Abs!
A suprema corte tornou-se o novo Poder Moderador, não é crítica, fico contente já que é um retorno a boa e velha autocracia.
Ao Sereníssimo Senhor Alexandre de Moraes, vigore governos industrialistas nos próximos anos, tu tens tudo p'ra que sejais bem amado no nosso Brasil.
Interessante e parece correto. Notavelmente, a juristocracia se faz presente não como um órgão necessariamente alinhado completamente a esquerda, vide a recente determinação da Suprema Corte britânica afirmando uma definição biológica de gênero, ou mais no passado, a anulação da Roe V Wade nos EUA. No Brasil, talvez os únicos que vem destoando mais do "consenso dos juristas" talvez seja o MBL, o qual eu digo de passagem, sou incapaz de confiar. Suspeito que isso se dê pois o MBL/Missão é a escolha de Trump para o Brasil. Todo o novo discurso do grupo casa muito bem com o que se observa na ascendente direita americana representada politicamente por figuras como JD Vance (Talvez o Vance seja um pouco melhor), mas enfim, isso é pura especulação, o fato é que eles permanecem uma curiosa exceção a tendência geral na política nacional. Um abraço.